O
trabalho de nossas células é notável e evidente. Por que será que, apesar do
deterioramento humano natural cíclico de nossas vidas, as células parecem
“intactas”, já que estão sempre em constante atividade?
Uma
matéria publicada no How Stuff Works, relembrou estudos feitos na década de 50,
onde pesquisadores descobriram que nosso corpo possui poder de rejuvenescimento
celular, tendo 98% dos átomos que formam as moléculas celulares, substituídas
anualmente. Os novos átomos são adquiridos através do ar que respiramos, dos
alimentos que comemos e dos líquidos que bebemos.
Mais
de cinco décadas depois, o biólogo molecular sueco, Dr. Jonas Frisen, estudou a
renovação dos tecidos do corpo por níveis de um material radioativo chamado
carbono-14.
O
carbono-14 é absorvido pelas plantas, que os seres humanos e os animais comem
todos os dias, e, portanto, está presente em nossas estruturas. Mas ao
contrário de outros átomos e moléculas que estão em constante mudança, o DNA de
uma pessoa permanece o mesma desde o dia do nascimento de uma célula – o que
ocorre quando uma célula-mãe se divide – ao longo de toda a sua vida útil (com
raras exceções, em casos de alteração por mutação provocado por agentes
externos).
Quando
uma célula se divide, o DNA incorporado na nova célula inclui um certo nível de
carbono-14 que corresponde ao nível de material presente no ar que nos entorna.
Funciona como o ‘registro’ de tempo para tal feito!
O que Frisen descobriu, é
que as células do corpo são substituídas, em grande parte, de 7 a 10 anos,
sucessivamente. Em outras palavras, as células velhas morrem na maior parte e
são substituídos por novas durante este intervalo de tempo. O processo de renovação
celular ocorre mais rapidamente em certas partes do corpo.
Isso
explica, por exemplo, por que as unhas crescem e nosso cabelo cai. Mas, se
estamos constantemente abastecidos por novas células, por que envelhecemos?
Quando se trata de envelhecimento, parece que o segredo não está nas nossas
células, e sim, no DNA celular.
De
acordo com Frisen, é possível que o DNA sofra muitas mutações ao longo desse
processo de renovação celular, enquanto outras células "nunca" nos
deixam, auxiliando nesse processo de envelhecimento e outros males, como os
neurônios que compõem o córtex cerebral - embora existam pesquisas que apontem
que os neurônios se renovem, mas em uma velocidade muito baixa e em pouca
quantidade. Essa área é responsável por comandar funções relacionadas com a
memória, linguagem, pensamentos e consciência e não são renovadas nessa troca.
Renovação celular em partes do corpo
Cabelo: Elemento
natural do corpo, tem uma vida útil de cerca de seis anos para as mulheres e de
três anos para os homens.
Fígado: O
fígado é o “desintoxicador” do corpo humano, responsável pela purificação de
uma grande variedade de contaminantes do organismo. Tem suas células renovadas
em períodos que variam entre 150 a 500 dias.
Estômago e intestinos: As células que revestem a superfície do
estômago e dos intestinos têm uma vida curta e difícil. Constantemente
acometidos por corrosivos, como ácidos, normalmente duram, em média, apenas
cinco dias.
Ossos: As
células do sistema esquelético se regeneram quase constantemente, mas o processo
completo leva um total de 10 anos. O processo de renovação diminui à medida que
envelhecemos, por isso, os nossos ossos ficam mais frágeis e finos.
Fonte: Howstuffworks Foto: Reprodução / Pixabay / UIC
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