terça-feira, 30 de setembro de 2014

Quais as diferenças entre reúso de água e aproveitamento de água das chuvas?

Entenda as diferenças e saiba qual dos tipos é ideal para você

Os problemas da escassez da água são enfrentados por países de todo o mundo em decorrência do desenvolvimento desordenado das cidades, da poluição dos recursos hídricos, do crescimento populacional e industrial, entre outros. Esse fatores geram um aumento na demanda pela água, provocando o esgotamento desse recurso.
Outro fator importante é a disponibilidade dos recursos hídricos nas regiões do mundo e até no Brasil, pois mesmo que tenhamos 13,7% de toda a água superficial da Terra, desse total, 70% está localizado na região amazônica e apenas 30% está distribuído pelo resto do país. Além disso, ao passo que há industrialização, também existe um grande potencial de contaminação, o que vai restringindo ainda mais as fontes de água e cada vez mais as pessoas tentam utilizar novas técnicas para conseguir diminuir o gasto e consumo.
Em muitas cidades ou locais em que não há disponibilidade de água, necessita-se de soluções que lidem com o contexto, especificidade e características da área.
Essa solução pode ser, por exemplo, reúso e reaproveitamento de água de chuva para fins não potáveis, no caso das áreas rurais. Com o tratamento correto, podem ser destinadas a fins potáveis também.
No entanto, quando falamos de reaproveitamento ou reúso de água e aproveitamento de água de chuva, existe uma diferença, pois cada tipo tem uma necessidade diferente de tratamento, manejo e da localidade (rural ou urbana). Vamos entender qual a diferença desses tipos de águas:

Águas residuárias

Também chamadas de águas residuais, são todas as águas descartadas que resultam da utilização de diversos processos. O artigo 2º da Resolução nº 54 de 28 de novembro de 2005, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH classifica essas águas como: “esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não”. Já a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) exemplifica que águas residuais domésticas são oriundas de banheiros, cozinhas, lavagens de pavimentos domésticos; águas residuais industriais são provenientes de processos industriais.

Água de reúso

No artigo já citado da CNRH, é considerada água de reuso aquela água residuária encontrada dentro dos padrões exigidos para sua utilização nas modalidades pretendidas, ou seja, o reúso de água consiste no reaproveitamento de determinada água que foi insumo ao desenvolvimento de uma atividade humana. Este reaproveitamento ocorre a partir da transformação da água residuária gerada em determinada atividade em água de reúso. Esta transformação ocorre mediante tratamento. Segundo bases científicas, a reutilização pode ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não:
• Reúso indireto não planejado da água: ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada à jusante (rio-abaixo), em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.
• Reúso indireto planejado da água: ocorre quando os efluentes, depois de tratados, são descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas à jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso benéfico.
• Reúso indireto planejado da água: prevê que exista também um controle sobre as eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo assim que o efluente tratado estará sujeito apenas a misturas com outros efluentes que também atendam ao requisito de qualidade do reúso pretendido.
• Reúso direto planejado das águas: acontece quando os efluentes, após tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reúso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.

Água pluvial

As águas de chuva são consideradas muitas vezes como esgoto, pois, usualmente, passam pelos telhados e  pisos e vão para as bocas de lobo onde, como "solvente universal", carregam todo tipo de impureza dissolvida ou apenas levadas mecanicamente para um córrego e, posteriormente, ao rio. Porém, se for captada em áreas de acesso restrito antes desse caminho, pode ser aproveitada para fins não potáveis sem a necessidade de um tratamento mais complexo. Mas, para isso, é recomendável que se descarte o primeiro 1 mm ou em áreas urbanizadas até 2 mm, pois estudos comprovaram que esse descarte inicial (first flush) carrega as impurezas suspensas no ar e no telhado que podem conter fezes de animais e matéria orgânica. Esses primeiros milímetros são decorrentes do cálculo do projeto, por exemplo, ao captar a água de um telhado, o seu tamanho e o quanto chove na região (que pode ser encontrado aqui). Esses serão fatores determinantes para o projeto do descarte inicial e do tamanho do tanque de armazenamento. Usualmente, adota-se 1 mm de chuva em 1 m² de telhado que é igual a 1 litro de água, ou seja, se o seu telhado for de 50 m², o primeiro 1 mm de chuva seria de 50 litros, que devem ser descartados inicialmente, conduzidas ao sistema de drenagem pluvial e jamais serem conectados a sistemas de coleta de esgoto.
Contudo, o projetista de sistemas deve seguir a norma da ABNT NBR 15527 de 2007, que estabelece as diretrizes para os projetos quanto aos parâmetros da água, pois esse tipo de água não é potável e pode trazer riscos ao ser ingerida e ao entrar em contato com mucosas, assim sendo necessário uma dosagem de cloro no tanque.

Aplicações da água

Segundo a Cetesb, é possível utilizar água de reúso em algumas situações:
• Irrigação paisagística: parques, cemitérios, campos de golfe, faixas de domínio de auto-estradas, campus universitários, cinturões verdes, gramados residenciais e telhados verdes;
• Irrigação de campos para cultivos: plantio de forrageiras, plantas fibrosas e de grãos, plantas alimentícias, viveiros de plantas ornamentais, proteção contra geadas;
• Usos industriais: refrigeração, alimentação de caldeiras, água de processamento;
• Recarga de aquíferos: recarga de aquíferos potáveis, controle de intrusão marinha, controle de recalques de subsolo.
• Usos urbanos não-potáveis: irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, sistemas de ar condicionado, lavagem de veículos, lavagem de ruas e pontos de ônibus, etc.
• Finalidades ambientais: aumento de vazão em cursos de água, aplicação em pântanos, terras alagadas, indústrias de pesca.
• Usos diversos: aquicultura, construções, controle de poeira, dessedentação de animais.
A consciência ambiental e a valorização do nosso recurso hídrico é de suma importância e deve ser cada vez mais disseminada a ideia de aproveitamento e reúso. Mas lembre-se: existem no mercado profissionais capacitados para projetar e construir esses sistemas dentro dos parâmetros estabelecidos, então, em qualquer duvida, procure-os.
fonte: http://ecycle.com.br/component/content/article/43-drops-agua/2629-diferenca-reuso-de-agua-reaproveitamento-agua-das-chuvas-residuarias-aproveitamento-cloro-norma-aplicacao-calculo-potavel-indireto-nao-planejado-cemiterios-refrigeracao-campos-de-golfe-marinhos-tipos-aquiferos-intrusao-lavagem-veiculos.html

O que é reflorestamento ambiental?


O reflorestamento ambiental trata-se de uma ação que tem como objetivo repovoar áreas que tiveram a vegetação removida por força da natureza ou pela ação humana — exploração de madeira, expansão de ambiente para agropecuária, queimadas, entre outros.


flickr.com / World Resources IstituteO reflorestamento ambiental visa melhorar a qualidade do ar em locais específicos e reduzir a extração de florestas naturais.
A técnica de reflorestamento é usada em locais específicos, onde não havia a presença de vegetação nos últimos anos. Nesta metodologia, são criadas pequenas florestas, com predominância das espécies lenhosas. No Brasil, as indústrias de madeira e celulose se destacam no setor de reflorestamento ambiental. O tipo de árvore mais utilizado é o eucalipto, uma vez que tem rápido crescimento e boa aceitação comercial.
O principal objetivo do reflorestamento ambiental é a melhoria da qualidade do ar em lugares em que a poluição é alta, podendo funcionar também como melhoramento para ilhas de calor, para o lazer e para melhorar o desempenho de bacias hidrográficas. Outro ponto fundamental está no fato de que a colheita das árvores de reflorestamento reduz o desmatamento de florestas naturais e suas consequências.
Por outro lado, o reflorestamento pode trazer impactos ambientais negativos caso o cultivo não seja feito de maneira correta e controlada. Isso porque alguns tipos de árvores alteram as propriedades do solo, podendo prejudicar outras plantações e até povoados. Por isso, é essencial que o reflorestamento comercial sustentável leve em conta os fatores que evitam danos ao ecossistema local.
FONTE; http://www.dinamicambiental.com.br/blog/sustentabilidade/reflorestamento-ambiental/?utm_source=fanpage&utm_medium=dinamica-news&utm_campaign=reflorestamento-ambiental-o-que-e

Estudo aponta que rochas habitadas por formigas aceleram a captura de carbono em 335 vezes

Se você já pisou em um formigueiro, com certeza descobriu que tamanho não é documento. Por esse e por outros motivos, muitas pessoas fazem de tudo para se livrar das formigas que aparecem pela casa. Mas não é só a dor da picada desses pequenos insetos que pode surpreender. Recentemente, as formigas, que por vezes são chamadas de praga, foram apontadas como um ator importante contra o aquecimento global.
Um estudo publicado em julho deste ano por Ronald Dorn, um professor de geografia na Arizona State University, em Tempe, nos Estados Unidos, observou que a presença de algumas espécies de formiga em formações rochosas aceleram a capacidade decaptura de carbono em 335 vezes.
Rochas constituídas de cálcio e magnésio naturalmente absorvem CO2 da atmosfera. Esse processo resulta em pedra calcária rica em carbono ou dolomita e, há muito tempo, ajuda a regular não só os níveis de CO2, mas as variações de temperaturas.
Quase que por acidente, Dorn descobriu que, quando essas rochas são habitadas por formigas, os índices de captura de CO2 se elevam consideravelmente. O porquê desse acontecimento ainda incita curiosidade. Não se sabe ao certo qual o fator essencial que contribui para a aceleração da captura. O aumento do carbono nas rochas pode ser desencadeado pelos micróbios que as formigas carregam, pelas secreções que liberam ou por outra causa ainda não descoberta.
Quando esse mistério for resolvido, novas tecnologias poderão ser desenvolvidas sem necessariamente implicar no uso das formigas. Entretanto, Dorn não deixa de ressaltar a importância desse animal para diminuir o impacto das emissões diárias de carbono.

PAMPULHA


                Em 1936, na administração do prefeito Otacílio Negrão de Lima, iniciou-se o represamento do ribeirão Pampulha, objetivando a construção de uma lagoa, cuja finalidade seria amortecer enchentes e contribuir para o abastecimento da capital.
                Ela foi inaugurada em 1943 como o nome de Lagoa da Pampulha, no momento mais efervescente da consolidação do modernismo desenvolvido pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek.
                O prefeito pretendia transformar a cidade numa metrópole moderna, capaz de realizar intercâmbio cultural com os principais centros urbanos do país.
                Seu programa focalizava a expansão urbana, a abertura de largas avenidas e a criação de novos bairros, como a Pampulha.
                Neste sentido, a Pampulha foi criada para ser local de lazer e turismo, com uma igreja dedicada a São Francisco de Assis, um cassino, um clube e uma casa de baile.
                Para implementar esse audacioso projeto, Juscelino Kubitschek convidou os mais ilustres arquitetos, paisagistas e artistas plásticos brasileiros - Niemeyer, Burle Marx, Portinari, Ceschiatti, José Pedrosa, August Zamoisky e Paulo Osir Rossi, que a planejaram de acordo com os padrões modernistas internacionais.
                A Lagoa, parte mais importante do projeto, tornou-se o mais antigo e tradicional lago dentre os integrantes das bacias do Rio das Velhas e São Francisco.
                Quando inaugurada, em 1943, possuía capacidade de acumulação de 18 milhões de metros cúbicos. Com o rompimento ocorrido em 1954, a lagoa sofreu grande redução na sua capacidade de acumulação, caindo para 13 milhões de metros cúbicos.

DESENVOLVIMENTO / INFRA - ESTRUTURA

                A Lagoa perdeu, nas últimas três décadas, mais da metade de sua capacidade de retenção, hoje estimada em 7 milhões de metros cúbicos.
                Projetada em área rural e estruturada para ser um reservatório de abastecimento, a represa agregou ainda a função hidrológica de amortecera das ondas de cheias, reduzindo a vazão de pico dos cerca de 40 cursos dágua que compõem a sua bacia hidrográfica, evitando inundações à jusante.
                Entretanto, o quadro atual de assoreamento reduziu a sua eficácia. Como possíveis causas de instalação deste quadro, citamos o processo de ocupação da sua bacia hidrográfica, desde o início dos anos 50, somada à poluição advinda do Centro Industrial de Contagem (CINCO), da Ceasa, do Aterro sanitário, das áreas de bota-fora e dos loteamentos residenciais, que geraram uma grande movimentação de terra carreada para a represa, além da poluição por esgoto.
                Nas últimas décadas, o fenômeno de assoreamento da Lagoa e da deteriorização de suas águas acelerou-se chegando, em 1998, ao lamentável quadro de perda de 50% do seu volume de reservação e de 40% da área do espelho dágua, apresentando elevados teores de matéria orgânica e baixas concentrações de oxigênio dissolvido.
                Ao longo dos anos, a ocupação desordenada e os escassos investimentos em saneamento básico trouxeram sérias consequências sócio-ambientais para a bacia da Pampulha. Hoje, estes problemas encontram-se refletidos não só no estado de degradação do espelho dágua da lagoa como nas condições de vida da população residente ao redor de sua orla, população essa estratificada em diversos níveis sócio-econômicos, variando do padrão muito baixo até o muito alto. Entretanto, a grande maioria da população, cerca de 70%, encontra-se nas faixas de renda baixa e muito baixa.
                A situação social da população da bacia agravou-se pela precariedade do saneamento básico. Cerca de 30% da área não possui rede de coleta de esgotos e aproximadamente 20% não é atendida com coleta regular de lixo.
                Os índices de qualidade de vida urbana - IQVU na Pampulha em 1998, encontravam-se, em 90% da área, abaixo do padrão médio do município.
                Devido a essa ocupação desordenada, a Lagoa da Pampulha passou a receber anualmente cerca de 380.000 metros cúbicos de sedimentos.
                A persistir esta situação, o seu assoreamento completo se dará até o ano 2.020. Como consequência do assoreamento, a Lagoa da Pampulha perderá uma de suas finalidades, ou seja, o amortecimento de cheias. O reflexo deste problema colocará em risco a vida de milhares de habitantes de vilas e bairros que se localizam em áreas susceptíveis a inundação, bem como o aeroporto localizado à jusante do vertedouro da represa.
                Também o grande volume de esgotos (matéria orgânica, coliformes, metais pesados, etc.) e de resíduos sólidos (plásticos, latas, vidros, etc.) que chegam diariamente à lagoa, contribuem para o seu assoreamento e para a eutrofização de suas águas.
                Dada a complexidade da atual situação ambiental, acima apresentada, a Prefeitura de Belo Horizonte vem realizando nos últimos anos importantes ações mitigadoras no sentido de recuperar essa bacia: dragagem parcial; retirada de aguapés; educação ambiental; controle de vetores; monitoramento da qualidade das águas; construção da estação de tratamento das àguas dos córregos Sarandi e Ressaca; pavimentação de ciclovia; restauração e reforma da Casa do Baile; restauração da igreja de São Francisco de Assis e compra da Casa de Juscelino Kubistcheck. A partir de 1998, como resultado da retirada de material sedimentar de seu leito, foram formadas 3 ilhas, posteriormente interligadas, que se transformaram em uma grande área com cerca de 27 hectares, cuja remoção era inviável sob todos os aspectos técnicos possíveis.
                Em 21 de outubro de 1997, o Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM, ao aprovar o Programa de Recuperação da Lagoa da Pampulha – PROPAM, definiu que as ilhas seriam transformadas em um espaço de preservação ambiental.
                Com isso, em 2003, a PBH desenvolveu um projeto para implantação de um parque ecológico no local. Inaugurado no ano seguinte, ele tornou-se rapidamente uma atração pública, levando, em média, 20 mil visitantes ao local nos finais de semana.
                Atualmente a PBH desenvolve um programa de retirada de cerca de 300 mil metros cúbicos de sedimentos, objetivando desassorear a Lagoa.
                Para que o espelho d’água volte às suas características paisagísticas originais e de bacia de amortecimento de cheias, estima-se que mais 200 mil metros cúbicos deverão ser retirados.
                A orla da Lagoa é frequentada por um grande número de pescadores. Em 1990 foram entrevistados em torno de 400 pescadores num universo de cerca de 2.000 cadastrados .
                A maioria de baixa condição social (86,9%). A pesca constitui-se para esse segmento, em um importante item de suplementação alimentar, uma vez que 83,3% pescam com essa finalidade, e 9,1% pescam por lazer, enquanto 7,75 pescam por ambos os motivos. As espécies mais encontradas, segundo os entrevistados, foram: tilápias, trairão e pirambeba.
                A presença desses peixes na Lagoa da Pampulha deve-se provavelmente, a introdução realizada, tanto pelo poder público, como por particulares.


FONTE; http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&lang=pt_BR&pg=5780&tax=14388